Não é de hoje que o mundo virtual e as aulas online têm sido atrativas para o campo educacional.

É só parar para pensar: hoje em dia, toda instituição de ensino superior tem, ao menos, um portal para divulgar as notas dos alunos e compartilhar materiais das aulas.

Fora isso, muitas disponibilizam um e-mail institucional tanto para os professores como também para os alunos a fim de integrar e facilitar a comunicação entre eles e entre a própria instituição.

As aulas online têm se tornado cada vez mais frequentes. Segundo a Agência Brasil, a procura das instituições pelo ensino EaD — o Ensino à Distância — vem aumentando desde 2017. De acordo com os dados do Censo, em 2016, cerca de 42,1% das matrículas em licenciaturas eram da modalidade à distância.

Esse percentual passou para 46,8% em 2017. Ao todo, as licenciaturas representam 19,3% das matrículas no ensino superior.

As aulas online ou aulas EaD  acontecem por meio de plataformas que transmitem imagem e áudio, em tempo real. Comumente, vê-se a seguinte situação: o professor articula a criação da sala virtual e convida todos os alunos da turma, que irão acessar o link disponibilizado no horário da aula para ter acesso ao conteúdo.

O maior desafio durante o processo consiste na adaptação dos professores e alunos, que antes possuíam pouco ou nenhum contato com essa forma de ensino.

Dicas para tornar aulas online mais atrativas

O formato online exige que as aulas sejam mais dinâmicas e objetivas. Tudo para que o aluno não perca a atenção ou o interesse em assistir o conteúdo.

Afinal, o professor irá disputar com outros canais que podem desviar o foco do aluno, como a televisão e o aparelho celular, e também com o fato de que os alunos estarão assistindo no conforto de suas casas. Muitas vezes, até deitados na cama!

Então, algumas mudanças didáticas precisam ser feitas, concorda?

  1. Slides como guia

A tradicional apresentação de slides, por exemplo, que é bem comum na modalidade de aula presencial não só pode, como deve ser utilizada nas aulas online.

Elas são imprescindíveis para guiar tanto professores como alunos no tema. E fazem com que o conteúdo possa ser visualizado pela turma e mais facilmente assimilado.

Porém, embora os slides sejam essenciais para guiar a aula, sozinhos, eles podem deixar o ambiente virtual monótono.

Imagine você, como professor (a), falando por mais de uma hora enquanto transmite o slide para turma? Lembre-se de que os alunos estão em casa e você não tem como chamá-los a atenção tão facilmente como no ambiente da escola ou da faculdade. Por isso, é importante pensar em recursos extras para tornar a sua aula online mais dinâmica.

  1. Vídeos prendem a atenção

Uma pesquisa da Video Viewers, encomendada pelo Google e realizada pela Provokers, mostrou que 95% dos brasileiros costumam ver vídeos online.

Então, que tal incrementar a apresentação de slides com vídeos na tela, que expliquem como aquele tema funciona na prática?

Hoje em dia, existe uma infinidade de materiais disponíveis gratuitamente em plataformas como o Youtube. Quem sabe por lá, você não encontra uma propaganda, uma matéria de jornal ou um vídeo explicativo que leve a sua turma a pensar sobre o tema?

  1. Explore outros formatos

Você também pode espelhar a tela do seu computador para que os alunos acompanhem a leitura de alguma reportagem, vejam uma tirinha, leiam uma crônica…

Deixe sua criatividade aflorar.

Equipamentos para fazer aulas online: quais utilizar?

Para conseguir fazer uma aula online, você precisa de alguns equipamentos básicos:

Às vezes, tendo apenas o notebook, você já consegue transmitir sua aula online, já que esses aparelhos vêm com webcam e microfone acoplados.

Também é possível dar aulas online através do smartphone, ou seja, do seu celular. Porém, você poderá ter dificuldades para explorar todos os recursos que a internet tem a lhe oferecer, como transmitir slides e vídeos.

→ Equipamentos para gravar transmissões online: quais escolher?

Escolhendo os equipamentos adequados, a qualidade da sua transmissão tende a ser a melhor possível.

Uma dica importante é sempre testar os equipamentos antes de iniciar a aula, ok?

Agora que você já sabe como tornar sua aula mais atrativa e também de quais equipamentos precisa para transmiti-la, já pensou em qual plataforma utilizar?

3 plataformas para dar aulas online

Listamos algumas que têm sido bastante utilizadas pelos professores. Assim, você tem oportunidade de conhecê-las, testá-las e de decidir qual melhor atende a sua necessidade.

O Google Classroom, também conhecido como Google Sala de Aula, é uma ferramenta da Google para gerenciar conteúdos que são transmitidos na sala de aula.

Como o próprio nome já diz: classroom, significa “sala de aula” em inglês.

Há duas versões desta ferramenta: gratuita e paga. Em ambas, é necessário ter uma conta no Google, tanto para professores quanto para alunos.

Mesmo na versão gratuita, o Google Classroom parece atender muito bem às demandas de professores e alunos, fazendo parecer, ao máximo, com uma turma presencial.

Dentro de cada turma você pode postar mensagens e avisos, responder a dúvidas de alunos, atribuir atividades com e sem testes, realizar a correção e enviar as notas de forma individual.

Você pode acompanhar também a evolução de um TCC ou de um artigo científico a partir desta opção de atividades que o Google Classroom oferece. Quem sabe, ao final do semestre, o aluno não está pronto para publicá-lo?

E, o mais importante, claro: transmitir as aulas online pelo Google Meet. O Google Meet é uma integração das duas ferramentas, que ainda não está disponível para todos os usuários, isto será feito gradualmente.

O Google Meet também é uma plataforma da Google e em breve estará integrada ao Google Classroom, como mencionei no tópico anterior.

Muito usado por empresas para reuniões a distância ou videoconferências, é uma opção para transmissão ao vivo.

Acessando sua conta Google, você consegue criar uma sala no Google Meet e convidar pessoas através do link gerado. Neste caso, não é preciso que os alunos tenham conta no Google. Apenas quem irá criar a sala.

Há ferramentas que podem ajudar na transmissão, como: alterar o layout (é a forma como você verá os demais participantes na tela), gravação, ativar legendas, ouvir o áudio pelo smartphone e compartilhar a tela do seu computador, com os demais espectadores da sua aula. Assim, tudo que você está vendo, eles também conseguirão visualizar.

Uma dica é indicar que os alunos permaneçam com o microfone desligado, assim não há excesso de ruídos desnecessários durante a transmissão.

Importante lembrar que os equipamentos de quem irá ministrar a aula devem ser de boa qualidade, assim a transmissão funcionará perfeitamente.

Diferentemente do Google Classroom, o Google Meet consiste apenas no espaço virtual de videoconferência. Ele não permite criar o ambiente de “sala virtual”, atribuindo deveres e notas aos alunos da turma.

Outra opção interessante é o Microsoft Teams. É uma proposta muito parecida com a do Google Classroom, porém a videoconferência se dá dentro da própria plataforma e há possibilidade de prova teste com tempo limite.

O acesso se dá tanto pelo computador, quanto pelo smartphone. É só baixar o aplicativo, que está disponível para Android e iOS.

A versão gratuita contempla as ferramentas essenciais, que atendem suficientemente as demandas de sala de aula: videoconferência, chat com a turma, armazenamento de arquivos pessoais e da equipe. Porém, não há possibilidade de gravação da aula ou agendamento, dentro do pacote gratuito.

Um fator interessante é que o Pacote Office (Excel, Power Point, Word) que nós já conhecemos, está integrado à ferramenta. O aluno pode desenvolver as atividades com as formatações destes programas e enviá-las ao professor.

Vale ressaltar que para a criação da conta no segmento educacional, é preciso que o e-mail seja institucional. Isto é, com o domínio da sua instituição.

Tente adaptar, sempre que possível, as atividades feitas presencialmente em sala de aula para o ambiente virtual. Passe atividades, leituras, recomende a produção de resumos e resenhas. Tudo para incentivar a produção de conhecimento dos seus alunos.

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